CCBBBH celebra seis anos com exposição gratuita de Paul Klee



Você conhece o Centro Cultural Banco do Brasil de BH? E o suíço Paul Klee, que foi um dos maiores artistas do modernismo do mundo? Hoje a CONEXÃO é com eles. O CCBBBH é aquele prédio neoclássico lindo que fica na Praça Liberdade, bem ao lado do edifício Niemeyer. A construção é de 1926. Primeiro abrigou a Secretaria do Interior e de Segurança Pública. Depois foi adotado pelo Banco do Brasil em 2013. O espaço é considerando um dos cem centros culturais mais visitados do mundo, segundo a The Art Newspaper. São dois teatros – um deles se adapta a qualquer tipo de evento – e várias salas para exposição. A disposição está em três andares ao redor de um pátio charmosíssimo que abriga dois cafés e muitas atrações.

Nesses seis anos de funcionamento, o CCBBBH exerce um papel fundamental para a democratização das artes em BH. Por lá já passaram mais de 5,5 milhões de visitantes em busca de cultura, diversão e arte. A maior parte das atrações é de baixo custo ou gratuita. Isso inclui atrações importantes e internacionais como a mostra de Paul Klee.      

Paul Klee: pintor de ‘anjos caídos’, equilibrista e amante das cores

“A cor tomou posse de mim”. A revelação é do próprio Paul Klee (1879-1940) – artista que nasceu em Berna, na Suíça. Em 60 anos de vida, produziu mais de 10 mil obras e pessoalmente catalogou tudo de forma cronológica com número e título. Belo Horizonte foi agraciada com 120 delas que compõem a mostra Paul Klee – Equilíbrio Instável. A coleção pertence ao acervo do Instituto Zentrum com sede na terra natal do artista. A exposição inédita na América Latina foi sucesso de público no Rio de Janeiro e em São Paulo. A instalação traz uma retrospectiva do trabalho do artista com pinturas, gravuras, fantoches, objetos pessoais e desenhos. Aliás, a exposição começa com o primeiro desenho dele aos 4 anos de idade e termina com a tela pintada em seus últimos dias de vida.

Paul sofreu influências de movimentos como o expressionismo, o cubismo, o surrealismo, mas fez questão de deixar claro nesta frase escrita em 1902: “Eu sou o meu estilo”. E ele criou muito! Não gostava de copiar. Preferia ousar, tendo como inspiração a natureza, a geometria e a anatomia – matéria que estudou para entender o que havia por baixo da superfície humana. Klee morou na Alemanha. Lá ele lecionou na Bauhaus – a mais cultuada escola de arte do mundo. Tinha pavor ao nazismo, mas teve que ir para a Primeira Guerra Mundial. Mesmo estando lá, pintou fazendo crítica ao ditador. Na exposição há uma série com 15 anjos sem auréolas e cheios de significados. O Equilibrista, quadro que dá nome à mostra, é, de acordo com a curadora Fabienne Eggelhöfer, uma metáfora da própria vida do artista, sempre na corda bamba.

Há muitas histórias interessantes para serem descobertas pelos visitantes. O CCBB tem o Programa Educativo com visitas guiadas para grupos, famílias, escolas e em libras. Essa diversidade de acessos permite explorar de forma pedagógica e artística a exposição. Para saber mais, acesse ccbbeducativo.com. Faça uma boa CONEXÃO com Paul Klee! 

É um programa que vale muito a pena fazer em BH. Vá e divirta-se!     

 

“Paul Klee – Equilíbrio Instável” – até 18 de novembro, no Centro Cultural Banco do Brasil, na Praça da Liberdade, BH. De quarta a segunda, das 10h às 22h. Entrada franca.

CONEXÃO

Daniela Vargas nasceu em Bambuí, é jornalista, especializada em Gestão Cultural, repórter do Canal Brasil e das Mostras de Cinema de Tiradentes, Ouro Preto e BH, produtora de conteúdo, mestre de cerimônias e colunista da TV Bambuí.

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